Plantou um pé de mamoeiro.
Dois, três, quatro, cem.
Espalhou por aí as sementes e
viu o verde povoar, sentiu-se bem.
Contou a todos que passavam:
"Vejam, que linda plantinha!"
Tinha pelas folhas tanta ternura
que cada um que floreava sorria.
Jardineiro de tantas folhagens,
gostava de plantar ideias.
E, assim, no verde-esperança dos dias,
cavava túneis de cactos e azaléias .
Deixou o terreno mais fértil
para a chegada da primavera.
E foi mesmo num dia de flores
que ele se desplantou dessa Terra.
Voou suas sementes pelo vento do mundo,
deixou seus mamoeiros bem irrigados .
Foi-se levando pouco, deixou muito:
peitos cheios de florestas, seu legado.
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