sábado, 7 de março de 2009
Carta sobre a lua
Tão sozinha e tão cheia de gente
Plena e ausente
Brilha, mas é cheia de nada
Contempla oculta na noite estrelada
e rouba a luz dos outros, dependente
Tem fases cíclicas e todas são belas
Quando se enche de sol, fica amarela
E quando se apaga deixa saudade.
Não se sabe qual a sua real idade,
ela esconde os mistérios profundos.
Iumina sabe-se lá quantos mundos
e inspira morimbundos bem almados.
É calada, traiçoeira e perigosa,
mas sabe ser velha amiga,
mesmo quando é nova.
Tenta ser gente grande
enquanto fica cada vez mais minguante.
Pode ser uma lanterna boa
para os perdidos na estrada.
É consolo para os fugidos,
recanto egoísta para as namoradas.
Ela sabe ser o espelho de quem é
Sedenta, caprichosa e crua...
Será que escrevo sobre mim
ou falo mesmo para a Lua?
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3 comentários:
Tem uma música que meus pais sempre cantavam quando eu era mais novo, que dizia algo sobre a Lua estar assistindo escondida os casais de namorados... Algo assim. Conhece?
Muito bom o blog!
"Não quero renunciar à vida
para me entregar à poesia.
Nem tampouco me oferecer em sacrifício
para enaltecer a história humana."
versos perfeitos...
vc escreve mto bem...
comente no meu, se tiver tempo...
BjoO, Paz e Força Sempre...
Feefeh!!
Faaaala Cris tá rolando promoção pro show de lançamento do Estrada de Maria no blog!!! passa lá
beijão
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