O mundo te diz:
"dê mais".
Você discorda.
Diz que é demais.
Só que o mais é um sinal
E o mundo é americanizado.
"See now!"
Não demore.
"Dê more!".
Essa vida cansa,
Não há tempo de rede.
"Re-dê!"
Tem horas que enjoa.
Digo: não há tempo!
Eles dizem: "tem pô!"
E eu canso.
Maldito vocabulário!
Procuro um time
Mas não há time.
Eu vou, mas tenho sono.
"Só, no!"
Tem muita coisa,
É coisa demais.
E continuo só ouvindo:
"Dê mais!"
Se vou pro sul,
Algo me balança.
Mas escuto:
"Bá, lança!"
Se vou pro norte
tirar algo que me aveche.
"Ave, enche!"
Tudo é sempre na ação.
Nunca numa nice,
Tudo é pequenice!
Chega de demais!
Não sou de safadeza,
Mas quero corpo mole.
E vou alcançar, chega de ao cansar
que meu corpo já cansa.
Depois desta fadiga toda,
É boa hora pro bora da bonança.
2 comentários:
Sensacional, como disse pra vc no msn.
Consegue estar ainda mais perfeita a sua poesia, essa que me enche de orgulho a cada dia. (só pra rimar) rs
Vc tem o dom de saber lidar muito bem com as palavras, nada mais adequado que criar uma poesia dedicada a elas.
Te amo, irmã!
Beijos!
Muito divertido esse poema, acho que essa é a palavra que me fez pensar lendo esse poema, DIVERTIDO!
Parece uma brincadeira essas palavras embaralhadas.
Beijos.
E vou escolher um poema seu pra copiar e postar no meu blog, OK!?
Postar um comentário