quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Alvo


Barulho, pra quê barulho?
Só no silêncio se conhecem as almas
Ofuscante, confusão de luzes
É tanta falta de se apagar...

No abandono do irradiar
se constitui o pensamento

Tanta confusão de braços
Um enroscar vazio de pernas
Pra quê tanta urgência no agir?

O maior pulo é sem movimento

Um dia calmo, a voz morna
Sereno, vazio....
Melodioso hino da paz
De dentro um lugar

Ou será? Ou sempre só será?

A cabeça agita
A visão se compele
Mas o medo é de argila
A prática é “são” desafio

Atirar é nunca ser seu alvo
O melhor alvo é apenas mirar

2 comentários:

Anônimo disse...

Enquanto somos alvos, estamos � merc� de uma flecha que n�o sabemos de onde parte e nem o estrago que far� em n�s, pobres c�rculos cor sim cor n�o. Entretanto, al�m de tudo, � preciso que nos permitamos atingir. Mais dif�cil que ser alvo � n�o ter alvo pra mirar.

Beijos

Anônimo disse...

Almas podem fazer no barulho o seu anonimato, mas alma alguma pode se esconder de um olhar verdadeiro. A angústia do agir pode fazer a mira errar o alvo ilusório criado pelo medo de ficar só.