a ordem, a normalidade,
o como era para ser.
Uma vontade transcendental de transceder
e voar... por cima de tanta liturgia.
Um desejo retumbante de ser búfalo
Ser o que há para desfornecer
e virar um próprio sentido,
sem direção pré-marcada.
Ser uma mistura nada acadêmica de tudo
ou nada
e sentir um ritmo retumbante no pensar
Maurício, isso é mauriçar
Vitória, vitoriar, Carlos, carlotear
A primeira vez que quis assim desfazer
a obrigação de cumprir qualquer norma.
Hoje mesmo, nesse dia de inverno,
desconstruí a ordem de parecer de vidro.
Eu não quero esse cocar, esse cedro,
essa coroa, esse grunido.
Quero apenas o que estiver perto
de como por dentro me visto
Mais que ter, ser ou parecer,
garanto que não preciso perecer.
Basta simplesmente respirar,
com esses meus botões,
que poli recentemente,
basta simplesmente ser gente
para colher a brisa.
Quem sabe sem mais cinza ou mania de graça,
eu possa amar cada milímetro do que se passa,
sem nada ter que ser heroico.
Nesse vazio mundano,
um princípio cabalístico do inconformismo profano,
eu vou ousar, crescer a cada dia.
E a morte que não me sorria!
Ou eu fecho a cara para ela.
Porque aqui ninguém mais é donzela,
tá na hora do povo.
Segura meu sangue latino
que hoje eu faço um mundo novo!
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