quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Essa poesia é antiga, escrevi há 3 anos. Não tem titulo..

Por que nada é imutável?
Nem estático, impermeável
Vivemos num mundo de ciclos
Mas não sei em qual fico,
nenhum deles me parece estável

Atiro no escuro, me sinto atingida
Persigo o futuro, sou eu a perseguida
Amaldiçoo a finitude dos momentos,
hiptnotisada por este descontento.
É o fim do começo que me maltrata.

Só eu sou atacada
pelas flechas do meu eu arqueiro
Foi em mim que mirei primeiro
e agora choro pela dor da ferida
Sinto-me perdida no labirinto que criei,
inventei os caminhos, mas não sei a saída
Cavei o infinito, e agora me cansei

Propus um jogo e não sei a jogada certa
Apostei numa estratégia e não conheço a meta
Subo e desço, corro e morro, rio e padeço
Quero adquirir, mas não sei o preço
Caro demais para pagar, longe demais para alcançar
Tento segurar, não aguento o peso
Na verdade não sei nem se o conheço

Quais as palavras para o que não sei dizer?
Quais os motivos para o que não sei se quero fazer?
Abro um cofre, não sei o que procuro
e eu continuo tateando no escuro

Peco pelo excesso,
brigo pelo perigo
E na verdade não sei por que clamo
Não sei por que pulso, por que me julgo
Onde fica minha lei?
Me desespero porque não sei
E se eu dia eu souber
talvez não saiba pra que é.

2 comentários:

Anônimo disse...

Como o rumo pode ser certo se a certeza é incerta dentro do paradigma do nosso caminhar?? A única certeza é que vamos continuar sendo levados pelas incertezas da vida e nunca sabendo qual vai ser o próximo passo!

Anônimo disse...

Belo texto. ;) Me lembra a época em que eu gostava de postar meus devaneios no meu antigo Blog.