Direita, esquerda,
quer com açúcar ou
adoçante?
É atlética ou
autêntica?
Intensa ou
perseverante?
Vamos de drama ou
comédia?
Mais discreta ou com
extravagância?
Quer fazer planos a
longo prazo?
Não prefere seguir
conforme a dança?!
Casar virgem ou ter histórias?
Independente ou
apegada?
Vida social ou
introvertida?
Uma conversa solta ou
programada?
Perdida, sem a mínima
ideia,
atraída entre polos,
sempre discrepantes,
segue cada dia mais
incoerente,
nunca fica, é
itinerante.
Entre as opções para
a tarde,
mais do que tudo, é
preciso escolher
entre ser ela mesmo
ou o que lhe dizem para
ser.
Tão difícil parece
seguir um só caminho,
por que não ser tudo e
se sentir vazio?
Num universo de tantas
possibilidades,
é injusto não ter
várias mocidades.
Enquanto desvia, sem
prumo e certeza,
parece não se saciar
com nada
tendo tudo sobre a
mesa.
E com tantas cobranças,
tantas perguntas,
o caderno fica aberto
em branco
sem uma biografia
profunda.
Tirada da vida, tão
perto dela,
se perde em
pensamentos,
mas não se afoga nela.
Por ali ou por aqui,
pergunta,
sentada naquela mesma
pedra.
Tudo bem, apenas uma
decisão é justa:
se entrega à reflexão
e se apronta.
Pensa que quando está
mais perdida
é justamente quando
mais se encontra.
Exclui tudo, apaga e
fica só com a essência.
Sem perguntas ou
ideias, na permanência.
Às vezes o mais
simples é o mais direito
e a vontade de ser é o
que se é no peito.
A resposta para tudo
isso
é a coragem de olhar o
espelho.
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