Tudo que eu quero nessa vida severina
é não ter pena de me sentir tão menina.
Que sonhos imagino, sem nenhuma turbulência,
o que assusta não é emoção e sim ausência!
Fico inquieta ao pensar que tudo pode ser imperfeito
e não sei por que oscilação é sinal de defeito.
A melhor mãe, boa esposa e famosa profissional
podem não ser ideais e sim gente, afinal.
Que tipo de cobrança tão maléfica
me faz ver meu passado com desgosto
e meu futuro com insegurança intrépida,
enquanto o presente passa como sopro.
Meu refúgio é o agora,
eu sou quem posso ser
do futuro deixo imperfeito mesmo
ao passado não retroceder.
Aceito o que de bom é em ser menina,
sem me prender a isso como sina.
No torto e incorreto, cheio de coração,
farei a arte poética da minha evolução!