quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Sobre o amor
Você faz planos de ser popular
do tipo que lidera galeras, posa pra foto.
Um dia ele chega de um jeito maroto
e ao invés de ir à festa, vai com ele pro bar
Chegando lá, começa a conversa, com aperitivo
Você vê que ele não é diplomata, poliglota nem tão bonito,
mas tem umas covinhas do lado direito
e faz você sentir um arrepio quando ri sem jeito
que te deixa até meio sem graça, com a pose no chão
Você planeja ser do tipo viajante, independente
com certeza vai morar fora, ter o carro da moda,
quem sabe (por que não?) ser até presidente?
Com certeza namoro sério só depois dos trinta anos,
senão não vai dar tempo de concretizar tantos planos!
Filhos, claro, você quer, lá pelos quarenta
Às vezes você quer fazer tanta coisa que não aguenta
Fica nervosa, aflita, querendo abocanhar o mundo
Parece que nào encontra sentido, explicações a fundo
Ele pega a sua mão, te dá um beijo na saída do carro
e você entra de volta em casa com o coração num disparo
Sonha em de novo poder logo encontrá-lo
até que ele liga, marcando para o dia seguinte
Depois da noite de espera, vocês vão a um restaurante
Você dá para ele um enfeite de mesa de presente
Um risinho ali, você acha ele tào engraçado
Presta atençào no que diz, para tudo tem um comentário
E de repente você já se vê casada, pluma, gestante
Para que tudo ficou explicado, lindo, você sente
É claro que você ainda tem muitos sonhos,
que com certeza pretende realizar
Pode ser que você viaje, que flutue, que cresça
Pode ser que venham os amigos ou que desapareçam
Mas fica aquela covinha boba sempre como resposta
Porque o mundo é realmente o máximo,
mas agora é da covinha que você mais gosta!
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