segunda-feira, 9 de julho de 2007


Esta foi uma das primeiras poesias que escrevi. Foi há alguns bons aninhos, mas ainda faz algum sentido

Escondo-me nas areias desertas
Meu refúgio sereno da solidão
Foi do medo do dragão do castelo
que me perdi no mar morto da confusão

Chamas
Tramas
Susto
Fuga

Corro de susto, de medo do bicho
Um monstro verde, enorme e comilão
Pra onde fugir, onde me esconder?
Onde fica o coração do dragão?

Prédios que se desmoronam
Guerras que enterram um milhão
Carros, bandidos, fantasmas
Nada é pior que o dragão

Morram três mil de esquerda
Caiam duzentos à minha direita
Fico tranqüila e nem vejo
Mas se me ponho a pensar no dragão
Xiiiiii já quase desmaio de medo

Estranho
Me zango
Não entendo
Me rendo!

Foi do medo desse dragão
Que tanto chorei, nunca o entendi
Não te encontro, ó dragão chefe do mundo
Que se decide realiza, só por existir!

Ai, dragão tão escuro!
Que tanto susto me deu
Ah, se desde o início eu já soubesse
Que esse enorme dragão... sou só eu.