domingo, 16 de maio de 2010

Abandono
É tão difícil entender
e ao mesmo tempo ser.
Viver nessa cidade de fora,
tão diferente da de dentro.
é tão difícil não dizer que lamento
ver caminhos tão restritos.
Não preciso te lembrar que eu existo
e resisto, apesar da minha diferença.
Não quero desistir de ter crença
na capacidade do ser humano
em ser humano, em ser quem pensa.
Eu descubro coisas sobre mim
mas o tempo e a rotina não esperam.
A todo minuto nova demanda me leva
e eu me afasto de mim com saudade.
Queria me isolar da sociedade
mas é ela que amo,
mesmo com pressa.
Eu queria que alguém entendesse o que sinto,
mas o tempo todo eu minto.
O que escondo é o melhor de mim,
apesar de ser tão duro me ver assim.
Eu fujo, com medo do abandono
e largo primeiro, antes de tê-lo
um frágil pedido de socorro.
E eu corro... eu corro o tempo todo
para não me sentir louco,
mas é assim que me sinto.
Estou me mostrando para pegar sua mão,
me dê a mão, meu amigo, vamos juntos.
Porque sem isso não sentido no mundo.
Sem mão não porquê ser isso tudo.

Um comentário:

BeCarol disse...

Esse é um dos mais belos para mim... Fonte de inspiração para o meu amanhã.